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domingo, 14 de junho de 2020

Opinião - Por dentro da SWI > Jornalismo que desperta o desejo do leitor


Publicado originalmente no site [swissinfo], em 08 de junho de 2020

Opinião - Por dentro da SWI > Jornalismo que desperta o desejo do leitor

Por Larissa M. Bieler

Nosso novo site marca um começo para a SWI swissinfo.ch, a unidade internacional da Sociedade Suíça de Radiodifusão e Televisão (SRG SSR), que trabalha em dez idiomas.

Um novo começo, pois finalmente podemos mostrar a vocês, caros leitores, que temos trabalhado duro nos bastidores nesses últimos dois anos, em busca de mais profundidade, posicionamento, sustentabilidade e curiosidade em relação às questões específicas e temas que movimentam o mundo.

"Vocês podem se alegrar em ter acesso a questões de profundidade"

O produto central dessa nova estratégia é o chamado "foco".

Queremos não apenas informá-los sobre os atuais acontecimentos na Suíça, mas também sobre cerca de 60 questões centrais da sociedade, dentre elas terceira idade, educação e saúde.

Se é a primeira vez que você se depara com esses temas, pode contar com um acesso claro às questões mais desafiadoras. Se você já está familiarizado com eles, encontrará nas nossas páginas informações e perspectivas mais aprofundadas de forma rápida e clara.

Os focos não são fluxos automatizados de artigos ou coleções de temas organizados de forma aleatória. Neles agrupamos respostas, classificamos aspectos importantes dos temas e os complementamos com o melhor conteúdo retirado dos nossos arquivos, formados ao longo de quase um século de existência. Mas através deles também promovemos o debate com vocês e investigamos juntos os diferentes temas.

Unidade visual, diversidade de conteúdos e de linguagem

Queremos ser reconhecidos internacionalmente como um coletivo jornalístico de vozes suíças.

Juntos com o designer gráfico Emanuel Tschumi, decidimos por um redesign do site que não só permitisse um forte valor de reconhecimento das páginas em dez idiomas, mas também que nos posiciona e reforça nossos valores mais tangíveis: intemporalidade, qualidade, objetividade e, obviamente, no centro da reformatação estética, nosso caráter suíço (Swissness).

A fonte tipográfica tem um papel fundamental como elemento visual. Por isso que ela agora é esteticamente uniforme para todos os 10 idiomas. Uma referência de design é o "Estilo Tipográfico Internacional", também conhecido como "Swiss Style". Essa fonte foi inventada nos anos 1920 na Rússia, Holanda e Alemanha, mas desenvolvida na Suíça a partir dos anos 1950, tendo se popularizado internacionalmente.

A propósito, as páginas "focos" foram visualmente decoradas por ilustradores suíços de renome. 

São, portanto, também uma galeria da arte suíça de ilustração.

Vozes suíças - como elas de fato são, sem adulterações e ornamentos - no pulso do mundo

A Suíça sempre foi um país que assumiu o significativo papel de exercer os "bons ofícios" ao abrigar organizações internacionais e servir de palco para discussões internacionais graças à sua diplomacia e relações econômicas e culturais com países estrangeiros. Embora ambivalente, um de seus pontos fortes é exatamente o intercâmbio global.

Trabalhamos precisamente nestas questões que atualmente são prementes para a Suíça no plano global e nos debates internacionais. Elas podem ser visualizadas diretamente nas nossas páginas de abertura.

Perspectivas e pontos de vista suíços sobre eventos internacionais podem ser encontrados aqui. Em alguns idiomas também focamos temas distintos, que são particularmente relevantes para os leitores em seu contexto idiomático: inglês, francês, italiano, espanhol, alemão, árabe, chinês, japonês, russo.

A independência não é apenas um bordão infundamentado para nós. Como órgão do sistema público de mídia, também acompanhamos de forma crítica a política externa e atividades econômicas do país no exterior. Queremos ser uma prova de que a Suíça é um lugar de liberdade de imprensa e de opinião, com sua correspondente diversidade.

Uma nova prioridade: os debates

Um ponto onde ainda damos os primeiros passos é a promoção de debates. Nós gostaríamos de conduzi-los de uma forma mais orientada e, para isso, queremos aproveitar a nossa rede mundial de parceiros e usuários.

O novo design nos permite ter discussões mais diretas com vocês, os leitores, sobre temas relevantes para a Suíça e o mundo. A quantidade de cliques gerados pela leitura dos artigos não é o mais importante, mas sim a qualidade do debate e do intercâmbio internacional que gostaríamos de possibilitar. Isso requer coragem e compromisso, mesmo para um órgão do serviço público de mídia.

Em uma era de polarização global, nossa profissão tem de ir muito mais longe do que há alguns anos, especialmente na promoção do diálogo. Hoje devemos - e queremos - fazer um jornalismo moderno, exigente, denso e, acima de tudo, independente.

Para nós, diálogo não significa colecionar "likes", como fazem muitos meios de comunicação em plataformas de terceiros. Pois assim, infelizmente, apenas se promove a polarização. Nosso objetivo, como órgão do serviço público de mídia, é explorar e discutir temas junto com vocês, em toda a sua diversidade, e de igual para igual.

Ao nos basearmos na estratégia dos focos, vamos, portanto, conduzir debates mais direcionados no futuro e incorporar os inputs obtidos diretamente no nosso noticiário. O jornalismo de cima para baixo está ultrapassado: hoje, sim, ele deve estar imerso na vida cotidiana dos leitores. Estamos convencidos de que o desenvolvimento contínuo só pode ser alcançado através de uma troca permanente com as nossas comunidades.

Por isso, pedimos aqui sugestões e ideias. Você é um especialista em algumas das questões tratadas nos nossos focos? Entre, então, em contato com meus colegas que trabalham nesses temas.

Onde essa promessa já é cumprida é o diálogo mantido com os 770.900 suíços do estrangeiro. Eles pertencem à uma comunidade, cuja necessidade de informação é para nós não apenas um objetivo, mas também uma primazia.

Acompanhe-nos neste caminho!

O equilíbrio, a profundidade e o contexto são os pontos fortes da SWI - que poderão ser tratados com o redesign do site de uma forma mais fácil e intuitiva.

Com a nova estrutura de navegação do site, queremos guiar o leitor e permitir que ele interaja mais, saltando entre conteúdos de relevância e participando de debates empolgantes.

O site certamente ainda não está perfeito, mas estamos dando um grande passo adiante. Ele continuará a evoluir de forma permanente graças à sua ajuda.

Agora vocês sabem o que queremos alcançar: é o melhor jornalismo à altura do leitor. Acompanhe-nos. Agradeço por qualquer comentário ou crítica, que podem ser enviadas ao seguinte endereço: larissa.bieler@swissinfo.ch

Texto e imagem reproduzidos do site: swissinfo.ch

sábado, 2 de maio de 2020

TB Entrevista Juliana Almeida e Kátia Santana

 Kária Santana

Juliana Almeira

Publicado originalmente no site do JORNAL DA CIDADE, em 27 de abril de 2020

TB Entrevista Juliana Almeida e Kátia Santana

Com a necessidade do isolamento social, muitos profissionais têm usado as mídias “on-line” para trabalhar e se reinventar

Por Thaís Bezerra

Com a necessidade do isolamento social, muitos profissionais têm usado as mídias “on-line” para trabalhar e se reinventar. As “lives” (transmissões ao vivo) por exemplo, ganharam enorme espaço neste cenário e, através delas, aprende-se, ensina-se, diverte- -se, gera-se conteúdo, capacita-se, informa-se. Sensível e estratégica, a jornalista Katia Santana tem usado o formato para tratar com profissionais a respeito de diversos temas. A primeira ação teve a participação da professora-doutora e jornalista Juliana Almeida. Lindas e competentes, elas esclarecemsobre a nova dinâmica de informar, que tende a se alargar, ainda mais. Acompanhe!

THAIS BEZERRA – Que critérios você utilizou para identificar a data, formato e participantes das Lives?

KATIA SANTANA – Tínhamos Planejado uma aula presencial sobre a rotina do assessor de imprensa e a inclusão de novas mídias no processo de comunicação, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas e a 7Set Comunicação. Foi quando começaram os números de casos de corona vírus edecidimos adequá-la, transmitir o evento on-line. E ficou ainda melhor - praticamos com o público. Contamos coma jornalista e professora-doutora em Sociologia, Juliana Almeida, que abordou o jornalismo multiplataforma em tempos de pandemia e no segundo momento, painel sobreo papel da imprensa no processo de construção social, com a jornalista Fabiana Teixeira, especialista em Comunicação Empresarial e Media Training e apresentadora da Rede TV. Foram dois shows de atualização e troca de experiências.

TB – As lives têm sido ferramenta para interagir e comunicar na quarentena. Quem tem as regras deste formato?

KATIA SANTANA - Ferramentas tecnológicas têm sido decisivas no processo de reinvenção profissional. Para nós jornalistas, o home office foi sempre uma realidade.Estamos expostos, corremos toda a sorte de risco. Neste cenário, as regras, em tese, são nossas – trazemos ainformação real. A priori, continuamos com as cartas em nossas mãos. Ética e intenções legítimas nos respaldam.

JULIANA ALMEIDA - Vivemos um desafio. De repente temos de lidar com o isolamento social, mas a sociedade precisa da informação. Todo mundo a
produz, mas só o jornalista sabe reproduzi-la – o mais, é fofoca. O bom é que o ambiente virtual é desterritorializado, portanto, não temos barreiras
espaciais para acessar entrevistados para as diversas pautas. Se já não imaginávamos a nossa vida sem a conexão com a internet, agora ela se torna essencial para nos manter ‘próximos’ e informados.

TB - Que tipo de carência ou de estigma o jornalista atravessa atualmente?

KATIA SANTANA – A nossa carreira sofreu grande impactonos últimos anos, potencializado pelo fechamento de grandes veículos ou redução de quadros para minimizar as despesas. De maneira assustadora, a nova realidade tem dado voz a setores que não desejam uma sociedade bem informada e defendem a democracia caolha, aquela que não se importa com a preservação de direitos e garantias da coletividade. É fato que há intromissão - tentativas de deturpar, fabricar fatos e  confundir a opinião públicatentam se parecer com a imprensa, imitam o nosso cumprimento do dever. Mesmo com vida curta, fake news podem ser desastrosas e as pessoas ainda as multiplicam sem refletir.

JULIANA ALMEIDA - É direito social do cidadão ser bem informado sobre o que acontece ao seu redor. Como em qualquer outra profissão, temos os desvios éticos. Isso é uma triste realidade porque há políticas de comunicação e linhas editoriais que apadrinham determinadas ideologias e favorecimentos econômicos. O jornalismo cumpre função social fundamental nas sociedades democráticas e não podemos relativizar esta importância. O grande questionamento hoje diz respeito ao trabalho multiplataforma, como as empresas e os profissionais estão se adequando
às novas tecnologias e os impactos na audiência. É tempo de se reinventar, não se faz mais jornalismo como há uma década.

Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldacidade.net

sexta-feira, 1 de maio de 2020

A edição em espanhol fecha seu conteúdo a partir deste 1° de maio...


O EL PAÍS vai mudar, para melhor

Publicado originalmente no site do jornal EL PAÍS BRASIL, em 01de maio de 2020

A edição em espanhol fecha seu conteúdo a partir deste 1° de maio, seguindo planos que haviam sido adiados pela pandemia. A edição em português continua aberta por enquanto

Redação do EL PAÍS Brasil, em São Paulo.

Por Carla Jiménez

Querido(a) leitor(a),

O jornal EL PAÍS fecha seu conteúdo digital em espanhol para assinantes a partir desta sexta, dia 1°, seguindo os planos estratégicos do grupo. Pode parecer estranho o anúncio em plena pandemia de coronavírus. Justamente quando o mundo vive uma crise sanitária sem precedentes, que além de provocar dolorosas perdas de vidas, afeta a economia e o orçamento das famílias. Mas o projeto de cobrar assinaturas já estava em gestação há muito tempo. Foi adiado, inclusive, em função da covid-19. E é por respeito ao papel vital do jornalismo num momento delicado como este que todo o conteúdo relativo à pandemia continuará acessível. Por enquanto, a edição em português segue aberta para os leitores brasileiros.

O EL PAÍS nasceu em Madri, em 1976. Após duas décadas, caiu na rede e o acesso virtual foi sempre gratuito. O conteúdo chegou a ser fechado anos depois, mas a Espanha não estava pronta para essa transição. Dez anos depois, o modelo digital foi o caminho para testar outros mercados. A edição América, criada em 2012, e o EL PAÍS Brasil, fundado em 2013, nasceram e cresceram sob a cultura gratuita, conquistando milhões de leitores em todo o continente. Hoje os leitores latinos representam 40% da audiência do grupo.

Um bom jornalismo, produzido por 400 jornalistas, requer recursos. Manter uma das redes de correspondentes mais excepcionais também. O EL PAÍS tem um time de repórteres nos quatro cantos do planeta. É a grande marca do jornal desde que nasceu dos sonhos do jornalista José Luis Cebrián, impulsionados por Jesus de Polanco e José Ortega Spottorno.

O trio fundador queria revelar o mundo em todas as suas dimensões para os leitores espanhóis depois de 40 anos de ditadura. E firmar com ousadia os valores democráticos que uma sociedade sadia merece. Foi com esse norte que o EL PAÍS ganhou o respeito dos leitores e tornou-se referência em jornalismo. O que dizer de um veículo que teve Gabriel García Márquez ou Fernando Savater como colunista? Que trouxe o feminismo para o debate público dias depois da sua estreia e teve sempre as liberdades individuais, tanto quanto os valores coletivos, como inegociáveis?

Esse espírito prevalece no tempo e veio desembarcar na América Latina há poucos anos. Primeiro, na redação do México, que centraliza a cobertura feita por correspondentes dos demais países de língua hispânica do continente. Em seguida, o EL PAÍS chegou ao Brasil atraído pelos ventos de mudança das jornadas de junho de 2013. É um capítulo que ainda está sendo escrito. A edição em língua portuguesa, uma ousadia do grupo, teve sua identidade moldada pelo padrão EL PAÍS e pela dedicação de seus profissionais. Uma equipe alinhada à essência da matriz, de mover estruturas, de se antepor ao autoritarismo tóxico, de guiar-se pelo senso de justiça social, de construir pontes de diálogo. Seus leitores se nutrem dos mesmos princípios e escrevem junto conosco a história deste jornal.

A pandemia vai nos obrigar a fazer escolhas. A decidir quem e o que vai nos acompanhar nestes tempos difíceis que foram impostos à humanidade. Ao que vamos dedicar tempo e dinheiro em um período mais penoso? Seguir o jornalismo de qualidade ganha uma nova dimensão, ainda mais com a profusão de notícias falsas que maltrataram as democracias a custo de vidas. A esta altura, o Brasil aprende a duras penas com a covid-19 que diferenciar o certo do oportunismo está salvando vidas.

O jornalismo é um farol em meio à escuridão que tomou o planeta para vislumbrar bases mais sólidas para um novo pacto social, mais desperto e solidário. Chamamos os leitores a nos ajudar nessa missão. A partir de agora, as edições em espanhol vão liberar somente a leitura de dez artigos ao mês. A partir daí, é preciso pagar a assinatura: 1 euro no primeiro mês, 10 euros mensais na sequência. A edição em português que você se acostumou a ler trará um preço especial para os brasileiros quando fechar para assinaturas. Pedimos a sua confiança. Queremos ser fonte de informações que fortaleçam uma sociedade mais sadia com amor e verdade.

Siga com a gente.

CARLA JIMÉNEZ, diretora de Redação do EL PAÍS Brasil

Texto e imagem reproduzidos do site: 

domingo, 1 de março de 2020

Fazer o EL PAÍS não é fácil

El Roto

Publicado originalmente no site do jornal EL PAÍS BRASIL, em 01 de março de 2020

Fazer o EL PAÍS não é fácil

Os cidadãos precisam de informações verdadeiras e de opiniões plurais, além de meios que respeitem e busquem a realidade

Por Soledad Gallego-Diaz 

Em abril de 1976, uma campanha de publicidade meio estranha apareceu em dezenas de cartazes nas principais cidades da Espanha. Dizia: “Fazer o PAÍS não é fácil” e jogava com duas ideias: a Espanha, no início do seu processo de transição para a democracia, estava experimentando uma mudança difícil e radical, e o EL PAÍS, um novo jornal, nascia submetido a rigorosas normas profissionais, quase tão desconhecidas quanto a democracia em nosso país. Não iria ser fácil.

Agora, em março de 2020, quase 44 anos depois, escrevo-lhes, como diretora do EL PAÍS, para lhes dizer outra vez que fazer o EL PAÍS é difícil. As circunstâncias mudaram: a Espanha é uma democracia consolidada, mas enfrenta um tempo, quase uma nova era, no qual, submetida a mudanças tão extraordinárias e radicais como todos os outros países do mundo ocidental, olha para si mesma e olha para o exterior com perplexidade e incerteza, às vezes com medo e às vezes, também, com esperança. O trabalho, a saúde, o poder dos enormes conglomerados tecnológicos, o impacto da Internet na vida cotidiana, os efeitos de uma mudança climática já inevitável e a emergência de novas potências mundiais nos intrigam e nos inquietam. Sabemos que não será fácil nos adaptarmos a essas mudanças, mas também que é inevitável e que temos força, sabedoria e vontade de tirar o melhor de toda esta transformação espetacular, para terminar melhorando nossa vida e a maneira como nos relacionamos.

O mesmo acontece com o jornal EL PAÍS. Assim como a sociedade onde nascemos, enfrentamos desafios novos provocados, em nosso caso, por uma mudança tecnológica enorme, avassaladora. O mundo digital e as novas tecnologias aplicadas à informação mudaram de cima a baixo as ferramentas com as quais trabalhamos, o modelo de negócios da empresa, a maneira de nos relacionarmos com nossos leitores, o âmbito, imensamente mais amplo, que podemos alcançar. E temos que nos adaptar a essas novas realidades.

Na verdade, as necessidades dos cidadãos neste novo mundo que nasce não são muito diferentes das dos cidadãos de 1976. A maioria aspira ao mesmo: ser razoavelmente feliz, viver em paz, em uma sociedade que lhe proteja na doença e na velhice, onde possa desfrutar da natureza e desenvolver suas próprias habilidades; talvez amar e ser amado, talvez ter filhos. E sabem que, para atingir esses objetivos, precisam manter algo que é fundamental e irrenunciável, sua liberdade e seus direitos civis, e que para isso a primeira coisa é dispor de informação verdadeira e de opiniões plurais. Ou seja, que continuam necessitando, talvez mais do que nunca, de meios de informação, como o EL PAÍS, que respeitem e busquem a verdade, que sejam capazes de questionar com base nos fatos, a real essência do jornalismo de qualidade.

Os jornalistas que fazem atualmente o EL PAÍS dominam as novas tecnologias e se movem no mundo digital com a mesma naturalidade com que se moviam aqueles que faziam o jornal em papel. Mas, como os próprios cidadãos, eles tampouco alteraram seus objetivos profissionais: compartilham da mesma preocupação e da mesma paixão por um ofício que só alcança sua máxima expressão em grandes redações, dispostas a respeitar seu compromisso social. Seguros de que o jornalismo a que servem é o que questiona com base nos fatos, respeitando normas que são públicas e conhecidas e que os leitores podem exigir. Os jornalistas do EL PAÍS compartilham uma cultura profissional própria, não se dirigem a clientes ou usuários e, sim, a leitores, cidadãos que não consomem informação, mas sim a processam, a comentam e a utilizam para seus próprios debates. Não pretendem converter os leitores em nada nem a nada, e sim informá-los. Trata-se de saber o que acontece com eles e o que acontece ao seu redor. Buscar o contexto em que tudo isso se produz. Levar a eles opiniões diversas, mas informações verificadas.

Os cidadãos, os leitores, sabem que entre as mudanças que a sociedade experimenta figuram as grandes redes de manipulação que surgiram nos ambientes digitais, e que a única maneira de lutar contra esse movimento de fake news, que pretende confundir seu livre critério e limitar sua liberdade, é entender que precisam de jornalistas dispostos a prestar contas do seu trabalho. Para isso necessitaremos de toda a tecnologia da qual pudermos dispor, mas a serviço de nossos leitores e de nossos objetivos profissionais: necessitamos um grande EL PAÍS para conseguir abrir as agendas, na Espanha, na Europa e na América Latina, àqueles assuntos que são realmente do interesse público. Precisamos poder lutar contra os movimentos de distração maciça que pretendem que os cidadãos não disponham dos dados necessários para criar sua própria opinião.

O EL PAÍS tem, como todos os grandes veículos de comunicação do mundo, sua própria personalidade, forjada pelo trabalho de centenas de jornalistas ao longo de quatro décadas e pela determinação de redações inconformistas que sempre lutaram pela credibilidade e a confiabilidade. O EL PAÍS tem desde sua fundação, como jornal e como empresa, um compromisso radical de defesa das instituições democráticas. E o desejo de acompanhar a sociedade espanhola, europeia e latino-americana nas mudanças, brutais, que experimenta, proporcionando-lhe meios de verificação e explicação e opiniões confiáveis. O EL PAÍS não contempla nossas sociedades como lugares estáticos, acuados pelo medo e a arrogância. Observa-as e as acompanha como o que são: sociedades em mudança.

Fazer o EL PAÍS não é fácil. Quando nasceu, pedimos a vocês que fossem à banca e pagassem 10 pesetas. Hoje voltamos a pedir o seu apoio. Em poucas semanas, lançaremos o modelo de assinatura digital com o qual temos certeza de que poderemos garantir durante as próximas décadas os níveis de jornalismo de qualidade exigido por nosso compromisso com vocês. Um jornalismo que sirva à democracia e à sociedade, que esteja atento a vocês, nossos leitores, nosso único, apaixonado e verdadeiro objetivo.

Texto e imagem reproduzidos do site: brasil.elpais.com 

sábado, 7 de setembro de 2019

Estadão promove renovação digital em sua redação

Elizabeth Lopes e Gabriel Wainer apresentam programa Broadcast Político, do Estadão
Crédito: reprodução

Publicado originalmente no site  MEIO & MENSAGEM, em 2 de setembro de 2019

Estadão promove renovação digital em sua redação

Jornal muda ciclo de produção de notícias e une equipes de internacional e política para o conteúdo digital

O jornal O Estado de S. Paulo divulgou mudanças em sua redação com o objetivo de consolidar a transformação digital da produção de notícias. Batizado de Estadão 21, a preparação do projeto durou três anos e custou cerca de R$60 milhões, incluindo o investimento no mercado publicitário e na ampliação de assinaturas. Para a mudança, o jornal contou com a participação da consultoria espanhola Prodigioso Volcán.

A redação do jornal passa a funcionar em um novo ciclo de notícias, com equipes entrando mais cedo no jornal para atender o público que consome informação pela manhã. Além disso, as editorias de política e internacional passam atuar juntas na produção digital. A ideia é enviar conteúdo exclusivo para todos os pontos de contato com o leitor, sejam eles podcasts, newsletters, mobile ou computador, explica o jornal.

Parte do esforço será na valorização de conteúdo de profundidade na versão impressa diária do jornal, explica editorial publicado no último sábado, 31. Segundo a empresa, entre 2015 e 2019 houve crescimento de 206% no número de assinaturas digitais do Estado.

Texto e imagem reproduzidos do site: meioemensagem.com.br

sexta-feira, 21 de junho de 2019

O Dia do Mídia é comemorado nacionalmente em 21 de junho


Publicado originalmente no site CALENDARR Brasil em junho/2019

21 de Junho - Dia do Mídia  

O Dia do Mídia é comemorado nacionalmente em 21 de junho.

A data celebra os profissionais ligados a área da comunicação, seja na TV, rádio, jornais impressos ou internet. A mídia é o meio pelo qual determinada informação é transmitida.

Existe a mídia televisiva, mídia radiofônica, mídia eletrônica e mídia impressa e todas possuem o mesmo objetivo de levar notícias, informação e entretenimento às pessoas.

A palavra vem do latim, porém o termo utilizado no Brasil vem diretamente de media, usado nos Estados Unidos para designar os mass media (meios de comunicação de massa, em português), no começo do século XX.

Dia do Mídia

Outra data que passou a ser bastante comemorada foi o Dia do Mídia Social (Social Media Day), em 30 de junho, com o surgimento e constante crescimento dos profissionais da comunicação que trabalham diretamente com a divulgação das informações através das redes sociais (Facebook, Twitter, blogs e etc).

A ideia para o Social Media Day surgiu com o site Mashable, especialista em informações do mundo das redes sociais e tecnologia.

Homenagem ao Dia do Mídia

"Hoje não é só dia de dar parabéns, não é só dia de ganhar presente. Hoje é dia de dizer obrigado por tantas broncas que ajudou a resolver, por tantos prazos que conseguiu esticar, por tantas colocações que conseguiu garantir, por tantas vezes que conseguiu viabilizar aquela ideia diferente. E por tantas e tantas vezes que ele foi criativo e somou com grandes ideias. Feliz Dia do Mídia!"...

Texto e imagem reproduzidos do site: calendarr.com

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

A relação conturbada do Facebook com a indústria de notícias

De fake news à eleição de Donald Trump, o Facebook sempre teve uma
 difícil relação com o meio jornalístico (Mambembe/Flickr)

Publicado originalmente no site PODER 360, em 11 de fevereiro de 2019

A relação conturbada do Facebook com a indústria de notícias

Leia a tradução do artigo do Nieman Lab

Por Joshua Benton

O Facebook fez 15 anos na última 2ª (4.fev.2019), e não seria errado descrever isso como uma fase de puberdade desconfortável. Seus membros cresceram inesperadamente rápido; ele anda desajeitadamente pelo corredor, cheio de vértices e cotovelos desengonçados. Suas relações com os outros às vezes parecem menos governadas pela razão e mais por sua adolescência. Ele começa a gritar com seu pai e fica mal-humorado quando é pego fazendo algo que não devia.

Como se tornou, ao lado do Google, o maior condutor de atenção humana na história, o Facebook impactou praticamente tudo de uma maneira ou outra nos últimos 15 anos. Mas poucos sentiram sua força mais do que a indústria de notícias, que tentou várias vezes combater o vento contrário, sem muito sucesso.

Então, com o Facebook celebrando seu aniversário, imaginei que seria útil relembrar as 10 datas mais importantes da história do Facebook para os editores de notícias (e para aqueles que os amam).

5 DE SETEMBRO DE 2006: FACEBOOK LANÇA SEU FEED DE NOTÍCIAS.

Poder ser difícil de lembrar, mas o fluxo de atualizações não fazia parte do Facebook no começo. Isso só chegou mais de 2 anos após o lançamento, com essa nota do gerente de produtos Ruchi Sanghvi:

O Feed de notícias destaca o que está acontecendo em seus círculos sociais no Facebook. Ele atualiza uma lista personalizada de notícias ao longo do dia, então você saberá quando Mark adicionar Britney Spears aos seus favoritos ou quando sua paquera estiver solteira novamente. Agora, sempre que você fizer login, receberá as manchetes mais recentes geradas pela atividade de seus amigos e grupos sociais.

(Essa história de “nós vamos ajudá-lo a stalkear aquela garota” é, felizmente, algo que você não vê nas mensagens do Facebook hoje em dia.)

Outro trecho do anúncio:

O feed de notícias e o mini-feed são uma maneira diferente de ver as notícias sobre seus amigos, mas eles não fornecem nenhuma informação que antes não era visível. Suas configurações de privacidade permanecem as mesmas – as pessoas que não podiam ver suas informações antes ainda não podem ver agora.

Sem dúvida este foi o 1° grande momento em que os usuários tiveram que encarar a realidade que, uma vez que adicionam informações a esse gigantesco banco de dados, eles desistem de pelo menos algum controle sobre o que acontece a seguir.

Passar de “eu pensei que isso era apenas para o pequeno grupo de pessoas que visitam o meu perfil” para “minha nossa, agora eu estou sendo cutucado por esse estranho em outra cidade, que sabe que estou solteiro novamente” foi, de certa forma, o cálculo de privacidade do Facebook. De fato, os usuários odiaram, mas Mark Zuckerberg respondeu da maneira mais condescendente possível: “Acalme-se. Respire. Nós ouvimos vocês”. E as pessoas seguiram em frente.

Para os editores que estavam prestando atenção na época –não foram muitos–, o Facebook mostrou que entendia o poder de remixar pequenos fragmentos de conteúdo dos usuários em uma experiência maior, algo que poderia eventualmente ser uma plataforma para compartilhamento de conteúdo. Ele também mostrou que “notícias” nem sempre quer dizer “notícias”.

9 DE ABRIL DE 2012: FACEBOOK COMPRA O INSTAGRAM POR US$ 1 BILHÃO.

Algum preço já pareceu tão ridiculamente alto na época –e tão ridiculamente baixo alguns anos depois? Pois é, todo o crédito vai para Zuckerberg. Ele viu a mudança para o compartilhamento visual chegando, viu uma plataforma que compreendia o celular e não teve medo de atacar.

Esta foi a primeira grande aquisição do Facebook, mas é claro que não foi a última, sendo o WhatsApp e o Oculus as mais proeminentes por vir. A compra do Instagram mostrou aos editores que, quando surge uma nova plataforma que parece interessante, o Facebook estará disposto a pagar para entrar na onda. Você ia estar lidando com Menlo Park – cidade sede do Facebook e do Google– de qualquer forma. (Ele também mostrou ao Facebook que os reguladores antitruste, que em outra época podem ter desconfiado desse tipo de expansão do poder de mercado, agora estavam desfrutando de uma bela soneca de uma década).

23 DE JUNHO DE 2014: FACEBOOK COLOCA O DEDO DA ESTRATÉGIA DE VÍDEOS.

O Facebook rejeita esse termo e sustentou que a crescente proeminência de vídeos no feed de notícias foi uma resposta orgânica ao desejo dos usuários. Mas esse foi o dia em que o Facebook anunciou que, se achar que você gosta de vídeo, ele vai lhe dar mais e mais. O amadurecimento dos vídeos de 30 segundos pode ser detectado até hoje. O ponto inicial foi aqui.

Demoraria pouco mais de 2 anos para que o Facebook reconhecesse que estava calculando mal o quanto as pessoas assistiam vídeos –exagerando o desejo dos usuários e o consumo de vídeos para editores e anunciantes.

12 DE MAIO DE 2015: FACEBOOK INTRODUZ ARTIGOS INSTANTÂNEOS.

Eu acho que esse dia poderia ser descrito como o ‘Pico do Facebook’ quando se trata da indústria editorial. (Não ‘O Pico do Facebook’ de fato, é claro –esse dia provavelmente ainda está por vir.) O Facebook Instant Articles foi ao mesmo tempo uma cutucada pouco sutil a respeito do quão terríveis muitos sites de notícias eram em telefones, uma expressão pura do poder de segmentação de anúncios do Facebook e o começo do fim da internet como a conhecemos.

Ao dizer que a indústria de notícias deve publicar suas histórias diretamente no Facebook –não apenas na internet–, o Instant Articles deu o pontapé inicial no processo da publicação distribuída: o Google AMP e o Apple News. (O Snapchat Discover havia sido lançado alguns meses antes). Com a realidade virtual e especialmente os comandos de voz, ainda vemos o fascínio e o risco de tal estratégia orientada pela plataforma. No final, a maioria dos editores decidiu que o Instant Articles não merecia o incômodo e voltaram para a internet.

3 DE DEZEMBRO DE 2015: FACEBOOK LIVE ESTREIA PARA USUÁRIOS ATIVOS.

Se o Facebook diz que você vai fazer 1 vídeo ao vivo, então, maldição!, você vai fazer 1 vídeo ao vivo. À medida em que os editores se ajustavam ao tamanho exorbitante do algoritmo do feed de notícias em suas estatísticas de tráfego, muitos estavam dispostos a fazer o que fosse necessário, transformando até mesmo os repórteres de jornais impressos menos carismáticos em cinegrafistas e repórteres de TV. O Facebook, 1 pouco assustado pelo Snapchat, sabia que precisava de uma maneira de capturar uma forma mais crua de expressão do que seus perfis cada vez mais polidos poderiam convocar, e eles pensaram que o Live era parte da resposta.

Para os editores, era uma fonte de dinheiro e de estratégia confusa, já que o Facebook pagava à indústria de notícias milhões de dólares em troca de cumprir uma cota de vídeos do Facebook Live a cada dia ou semana. Com a publicidade digital no lixo, muitos editores ficaram felizes em receber o dinheiro, como seria mais tarde com o Facebook Watch. Nenhuma das duas estratégias terminaram muito bem para eles.

9 DE MAIO DE 2016: GIZMODO ALEGA QUE O FACEBOOK REPRIME COM FREQUÊNCIA NOTÍCIAS CONSERVADORAS.

Ah, o caso Gizmodo… Você pode debater o quão legítima era a fonte da história –eu já fiz isso– mas, de qualquer forma, o resultado foi 1 Facebook que sentiu que precisava sustentar seu flanco direito. Editores e ativistas conservadores reclamaram que o Facebook era parte de uma conspiração liberal para suprimir a verdade. A empresa realizou uma cúpula de emergência com Glenn Beck, Erick Erickson e outros e tentou convencer o Congresso do contrário. Isso mudou como os Trending Topics funcionavam. Transformou os trabalhos humanos em algoritmos. Eventualmente, matou os Trending Topics por completo.

Essa história foi o verdadeiro ponto de partida para 1 argumento conservador mais amplo, de que plataformas de tecnologia são inimigas. É como você acaba de frente com membros do Congresso reclamando que o Google bloqueou sua busca por “Jesus”; culpando o Facebook por uma queda no tráfego em 1 site de conspiração; e perguntando se Taylor Swift não havia sido vítima de discurso de ódio de 1 escritor GQ.

8 DE SETEMBRO DE 2016: FACEBOOK DECIDE QUE UMA FOTOGRAFIA VENCEDORA DO PULITZER É PORNOGRAFIA INFANTIL.

Este foi o momento em que muitas pessoas perceberam que, de alguma forma, quando não estavam olhando, o Facebook foi nomeado editor-chefe do discurso global.

A história de fundo: 1 autor norueguês postou em sua página no Facebook a famosa foto de Nick Ut de uma garota vietnamita, nua e em pânico, fugindo de napalm. Você conhece a imagem. Os moderadores de conteúdo do Facebook declararam pornografia infantil e proibiram o autor de postar novamente. O maior jornal da Noruega escreveu uma reportagem sobre o assunto, e foi retirado porque usou a foto. O Facebook até impediu o primeiro-ministro da Noruega de publicá-lo.

O Facebook mudou de ideia 1 dia depois. Mas o incidente da “napalm girl” evidenciou tanto o capricho quanto o domínio do Facebook para tomar as decisões finais. Alguns moderadores de conteúdo mal pagos nas Filipinas poderiam determinar se 1 jornal teria que compartilhar uma história ou não.

8 DE NOVEMBRO DE 2016: DONALD TRUMP É ELEITO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS.

Para ser claro: não estou dizendo que o Facebook (ou as coisas que aconteceram em sua plataforma) mudou a eleição. O que estou dizendo é que a posição do Facebook no mundo virou ao avesso quando o resultado ficou claro.

O que quer que se pense de Trump, ele é 1 presidente muito incomum, e a busca pós-eleição por fatores que pudessem estar por trás desse resultado incomum colocou os holofotes diretamente no Facebook. Uma análise recente ilustrou como histórias negativas sobre o Facebook apareceram no New York Times bem na época da eleição. (Justificadamente, eu diria.) Somente as revelações da Cambridge Analytica, em 2018, combinariam isso como 1 fator de cobertura negativa.

Todas as conversas sobre “fake news”, “guerra de informação” e “bolhas de filtro” colocaram o Facebook na defensiva – em alguns casos injustamente, mas na maioria das vezes não. (O Projeto de Jornalismo do Facebook foi lançado pouco depois, sem nenhum acidente).

As percepções do Facebook mudaram de “lugar onde vovós postam memes” para “lugar que pode ter desempenhado papel significante na intervenção estrangeira na democracia americana”. Com isso, os editores começaram a se sentir 1 pouco melhor ao se afastarem dele como estratégia necessária de desenvolvimento de público-alvo.

21 DE MARÇO DE 2017: FACEBOOK COMEÇA A CLASSIFICAR HISTÓRIAS FALSAS COMO “DUVIDOSAS”.

Este foi o 1° esforço significativo do Facebook para salvar seus próprios usuários do compartilhamento de besteiras. Foi também 1 momento chave na parceria do Facebook com empresas de checagem de fatos como PolitiFact, AP e Snopes, sob a bandeira da International Fact-Checking Network.

Se duas organizações separadas com as quais o Facebook estava trabalhando tivessem declarado uma história falsa, o Facebook a classificaria como “duvidosa por vários verificadores de fatos independentes”.

Este sistema não funcionou muito bem e o Facebook se afastou dele em alguns meses. O que não mudou muito foi a terceirização por parte do Facebook desse tipo de trabalho para as organizações de notícias –  que protege o Facebook de reivindicações tendenciosas, mas também coloca muito trabalho nas costas dos editores. (Na semana passada, 1 deles disse que já não aguentava mais).

11 DE JANEIRO DE 2018: FACEBOOK FALA QUE HÁ MUITAS NOTÍCIAS APARECENDO NA REDE SOCIAL.

Me desculpe –eu quis dizer que o Facebook quer “aproximar as pessoas” com 1 abraço registrado em fotografia.

O Facebook fez vários movimentos ao longo dos anos para diminuir a quantidade de conteúdo dos editores no feed de notícias. Mas foi o anúncio de janeiro de 2018 que fez parecer o movimento como 1 pedido de divórcio. Zuckerberg chegou ao ponto de afirmar que a culpa das pessoas se sentirem mal ao usar a o Facebook era dos editores.

A pesquisa mostra que quando usamos as mídias sociais para nos conectar com pessoas com as quais nos importamos, isso pode ser bom para o nosso bem-estar. Podemos nos sentir mais conectados e menos solitários, e isso se correlaciona com medidas de longo prazo de felicidade e saúde. Por outro lado, a leitura passiva de artigos ou a visualização de vídeos, mesmo que sejam divertidos ou informativos, pode não ser tão boa.

(“Artigos de leitura passiva” também é conhecido como “artigos de leitura”).

A mudança significou mais posts de amigos e familiares e menos dos editores. E para que os editores superassem essa barreira, o conteúdo deles tinha que “encorajar interações significativas entre as pessoas”. Deus proíba as notícias de serem apenas seja notícias – você precisava se animar para lê-las agora.

Os editores, que em muitos casos já haviam visto o uso do Facebook em queda há algum tempo, viram mais do mesmo. O Facebook, que vinha em uma disputa ferrenha com o Google para ver quem enviava mais conteúdo para os editores, sumiu do mapa.

Por 1 lado, ninguém gosta de perder audiência. Mas, por outro lado, esse pode ter sido o ponto em que algumas editoras precisavam para pensar sobre como uma organização de notícias sustentável pós-Facebook poderia se portar.
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*Joshua Benton é diretor de jornalismo do Nieman Lab.

Texto e imagem reproduzidos do site: poder360.com.br

sábado, 2 de fevereiro de 2019

JLPolítica faz dois anos, agradece a audiência e amplia seus serviços

Jozailto Lima: "Quero reafirmar aqui que o Portal JLPolítica vai seguir o seu projeto 
de ser a boa casa noticiosa dos sergipanos na esfera da política"

Publicado originalmente no site JLPOLÍTICA, em 01 de fevereiro de 2019

JLPolítica faz dois anos, agradece a audiência e amplia seus serviços

Hoje, 1º de fevereiro, é um dia em que quero aqui, em nome do Portal JLPolítica, agradecer - até por acreditar que este é o verbo de melhor conjugação entre os humanos, aquele em que a conjugação atinge positivamente de volta sempre a quem o conjuga.

Há dois anos, numa quarta-feira, 1º de fevereiro de 2017, nascia o Portal JLPolítica, fruto de uma elaboração de quase seis meses levada a cabo entre eu e o companheiro de primeira hora Vicente Trípodi. Logo que nasceu, recebemos o auxílio luxuoso da jornalista Tanuza Oliveira, que se somou a outros auxílios identicamente imprescindíveis, como os de Flávio Alencar, Maria Auciliadora Varjão Lima, Murilo Augusto Varjão Lima, Maria Tereza Andrade e Tati Melo.

Em dois anos, as coisas por aqui evoluíram e mudaram muito. Muitíssimo para melhor. No meio do caminho, tivemos que trocar de leiaute do Portal, fazer um outro mais responsivo e moderno, o camarada Vicente - a quem sou grato -, foi embora para Bahia e a vida seguiu seu rumo.

Daquela noite de 1º de fevereiro de 2017 da primeira postagem da Coluna Aparte, um dos espaços editoriais do Portal, acessada naquela dia por trezentas e poucas pessoas, para hoje, fomos seguidos de perto por uma linha claramente evolutiva. Fomos acolhidos.

Hoje somos vistos em média por oito mil pessoas por dia - o que considero muito bom para um Portal segmentadamente voltado para a política -, o que revela que o JLPolítica tem uma significativa acolhida, sobretudo entre os sergipanos. Ali naquele dia de 2017 não tínhamos um só anunciante. Hoje eles chegam a perto dos 20.

Sim, o JLPolítica é um modelo de negócio de informação, no qual nunca será o comercial a ditar a nossa pauta. Mas precisamos de parceiros, afinal não se vive de brisa, e eles têm correspondido dentro de um campo de perspectiva a contento.

E nos nossos agradecimentos obviamente estão esses parceiros que pontuam em nossas páginas como seus banners, seus anúncios, seus produtos - assim como vão para as pessoas que desde a primeira hora nos acessaram, leram, compartilharam, escreveram artigos, dispuseram-se a ser fontes - na edição deste final de semana chegamos à Entrevista Domingueira de número 103, e será com o comandante da Celse, o engenheiro Pedro Litsek.

Agradecer para um portal de notícias é também oferecer mais serviços aos seus leitores. E é exatamente isso que o JLPolítica fará a partir de hoje, o dia um do seu terceiro ano. Hoje, você, leitor, encontrará na nossa grade três novas colunas: Política & Mulher, sob a responsabilidade da jornalista Tanuza Oliveira; Política & Negócios, sob os cuidados da jornalista Maria Tereza Andrade, e Política & Economia, sob o comando do economista Saumíneo Nascimento.

As três são inauguradas hoje em virtude do 1º de fevereiro, mas no dia a dia serão postas em dias diferentes: Política & Mulher, às quartas-feiras; Política & Negócios, às quintas, e Política & Economia, aos sábados. Estão em estudo, ainda, mais duas outras, para breve: Política & Variedades e Política & Meio Ambiente.

No mais, quero reafirmar aqui que o Portal JLPolítica vai seguir o seu projeto de ser a boa casa noticiosa dos sergipanos na esfera da política, sem ceder a ódios, a preconceitos, a tendências ideológicas e sem, sobretudo, criminalizar a atividade política, essa excelente mediadora e reguladora das relações em sociedade. A você, muito grato por tudo.

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica.com.br

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

“Hoje tem que pensar multiplataforma desde o início do projeto”

Andrea Barata Ribeiro (Foto: Carlos Vechi)

Publicado originalmente no site Época Negócios, em 19/03/2018

“Hoje tem que pensar multiplataforma desde o início do projeto”

Por Dubes Sônego 

Andrea Barata Ribeiro, sócia e diretora-executiva da O2, fala sobre o processo de transformação digital na maior produtora audiovisual do país
  
Andrea Barata Ribeiro lê ultimamente menos do que gostaria. Falta tempo, diz a sócia e diretora-executiva da O2, maior produtora de audiovisual do país. Este ano, “finalmente”, começou “Grande Sertão: Veredas”, clássico de João Guimarães Rosa. “Tinha essa falta”, afirma. No Reveillón, matou “A Glória e seu cortejo de horrores”, livro da atriz Fernanda Torres. E emendou “O Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 pelo Rock”, do roqueiro Lobão. Por prazer e dever de ofício, dedica o tempo que lhe sobra mais a filmes e séries. Nas semanas que antecederam a entrevista, realizada em uma tarde chuvosa no início de março, terminara uma maratona de filmes candidatos ao Oscar e a série espanhola Merlí, da Netflix, que tem como personagem central um professor de filosofia do ensino médio. Mas o que faz mesmo na maior parte do tempo é ajudar a contar histórias.

Uma das mulheres mais poderosas do cinema brasileiro, Andrea foi produtora executiva de filmes como Cidade de Deus, Ensaio sobre a Cegueira e Xingu. Ao lado dos diretores Fernando Meirelles e Paulo Morelli, com quem fundou a produtora em 1991, ajudou a rodar 27 filmes, 36 séries para TV aberta e fechada e milhares de comerciais para TV e internet – só em 2017, foram 1820 filmes publicitários. “O audiovisual está em um momento incrível, aqui e no mundo”, diz.

Da sala envidraçada que lhe serve de escritório, no mezanino de um dos prédios da O2, em São Paulo, é Andrea quem coordena o processo de expansão da produtora, principalmente nas áreas de entretenimento e pós-produção, e a adaptação à era digital. Desde 2013, a companhia tem uma divisão chamada Outras Telas. É onde estão locadas as pessoas dedicadas a pensar projetos de museus, exposições, ações promocionais que envolvam experiências imersivas em realidade virtual e outras tecnologias de ponta, como inteligência artificial. Na entrevista que segue, resultado de um papo de quase uma hora, Andrea falou sobre novas plataformas de veiculação, a aplicação de tecnologias de ponta ao audiovisual, modelos de remuneração e os reflexos disso tudo sobre a O2.

De que forma as novas tecnologias e canais de distribuição que surgiram com a internet influenciam a forma como vocês trabalham? Como estão se adaptando?
Quando a gente começou não existia produção independente para televisão, nem cinema. Ou você trabalhava em um canal de TV ou fazia publicidade. Hoje, com todas essas plataformas, com Netflix, Google Play, HBO, Amazon, a demanda por conteúdo cresceu absurdamente. Para você ter uma ideia, no segundo semestre, vamos rodar seis séries. Em paralelo, há um movimento, ao meu ver ainda inicial, de ser multiplataforma. Você faz a série de TV, mas tem que falar com o público no Instagram, no Facebook. Não adianta mais fazer só o conteúdo principal. Tem que pensar os periféricos, que já não são tão periféricos assim, desde o início.

Você tem que entregar a história em vários formatos diferentes?
Está começando a acontecer. No caso de uma série, você pode ter um pequeno filme para internet sobre um personagem. Pode contar de onde ele veio, ou alguma coisa que não se vê na série, com uma linguagem para cada plataforma. A gente fez um Instagram para o filme Mariguella (em filmagem). É como se fosse um documentário sobre a produção do filme, mas no formato Instagram, com uma estética, uma linguagem e um roteiro próprios. Está indo super bem, tem quase 20 mil seguidores. Antes, a janela principal de exibição era o cinema. Ela ainda é muito importante. Mas já não é mais a mesma coisa. As pessoas assistem mais é no conforto de casa. Então, para engajar as pessoas, não dá mais para pensar só no filme. Tem que pensar multiplataforma desde o início. Fora isso, a gente sempre tenta agregar um pouco de tecnologia, para achar outro nicho, buscar outras pessoas, estar com um pé nesse ambiente novo. Porque é inevitável. A novas tecnologias vão ditar cada vez mais o que as pessoas gostam e querem, quais as tendências, com quem e como você vai falar exatamente.

Como vocês estão se estruturando para isso?
A gente colocou um pé na área pela primeira vez em 2005. Antes do YouTube, abrimos a O2 Digital, porque estava começando a existir demanda de publicidade para a internet. A gente nem sabia direito o que era. Até hoje não é muito definido, muda muito rápido. Mas começamos a fazer, porque sentíamos que era estratégico, porque viria essa grande mudança pela qual ainda estamos passando.

E quando os negócios digitais começaram a ganhar volume?
Em 2013. O digital já tinha se tornado mainstream. Internamente, já não havia mais separação entre publicidade e digital. Foi quando a gente abriu o Outras Telas (área interna da O2) para cuidar de projetos envolvendo novos formatos e tecnologias, como realidade virtual, "experience", museus, exposições e projeções mapeadas. De novo, não sabíamos direito o que fazer. Mas vimos que havia um mercado ali, com um pé na publicidade e no entretenimento, que são nossas vocações. Botamos um pé para entender. Hoje, temos um cardápio muito grande e demanda dos clientes. Os clientes têm vontade de fazer coisas que também não sabem muito bem o que é. Uma hora a palavra da moda é "experience". Depois é inteligência artificial, algoritmos para descobrir tendências, realidade virtual. Já fizemos projetos para museu, projeções mapeadas, projetos de "experience" e realidade virtual.

Já fizeram filmes em realidade virtual para quem?
Temos mais de doze projetos de realidade virtual. Um dos vídeos mais vistos no mundo é nosso. É um clipe da Ivete Sangalo. A realidade virtual demorou mais a pegar aqui que nos Estados Unidos porque a tecnologia do óculos está demorando a chegar. Mas há uma mudança acontecendo, que a gente vê no SXSW [festival de inovação e economia criativa ocorrido em Austin com cobertura de Época NEGÓCIOS]. A realidade virtual está se tornando conteúdo para cinema. A IMAX abriu sala de realidade virtual. Grandes diretores de cinema estão fazendo filmes em realidade virtual. O Fernando [Meirelles] falou que está louco para fazer também. Já a publicidade está indo mais para "experience". Se você monta um ponto de venda, pode ter lá um simulador de um carro, um jogo com realidade virtual gamificada. A tecnologia vai evoluindo e os clientes vão querendo mais coisas. Muda o tempo todo. A gente fica sentindo em que direção e corre atrás.

Vocês tem gente dedicada exclusivamente a isso?
Investimos em algumas pessoas no Outras Telas que ficam testando coisas novas, investigando possíveis caminhos. Elas nos trazem informações sobre o que está acontecendo. Hoje, uma das principais tendências são os GIFs. Se tornou uma nova forma de contar histórias. Outra nova grande plataforma de mídia é o Whatsapp. É uma plataforma de conversação. Como você conta uma história ali?

Essa diversidade de plataformas exige profissionais com capacitações diferentes. Como vocês fazem para ter as pessoas certas na hora certa?
Na O2, além de termos parceiros de longa data, alimentamos o tempo todo a base da pirâmide. Se não, não segura. Trazemos roteiristas e fotógrafos constantemente. Nas nossas salas de roteirista têm sempre um estagiário em formação. Em realidade virtual, formamos toda a equipe. Fizemos um acordo com a Belas Artes, para criar um laboratório de narrativas imersivas e termos gente estudando isso. Há um intercâmbio. Em projetos de publicidade e conteúdo patrocinado, que envolvem criação nossa, chamamos parceiros. E aí entra a nossa experiência em curadoria, com o Fernando, o Paulo, diretores da casa, que ajudam a separar o joio do trigo. Em tecnologia, temos agora uma parceria com o Álvaro [Machado Dias]. Ele é professor de neurociência e tem uma empresa de software, a WeMind, que nos apoia em realidade virtual, realidade aumentada, inteligência artificial e neuroconteúdos.

Neuroconteúdos, o que é isso?
Já tivemos algumas experiências. Em Inhotim, por exemplo, foi feita uma instalação artística em que as ficavam ao redor de uma tela de vídeo, com sensores para a captação de ondas cerebrais (EEGs) conectados à cabeça. O computador interpretava as ondas cerebrais e, quanto mais uníssona a vibração, mais crescia na tela uma mandala. É uma experiência de neurociência. Onde vai dar a gente não sabe. Mas não dá para não ter um pé ali, com um maluco desses.

E a inteligência artificial, como é usada?
Com a inteligência artificial e as informações as pessoas disponibilizam na rede é possível oferecer a cada pessoa um produto específico. Já veio cliente aqui pedir para orçarmos 25 milhões de filmes. O cliente queria que cada pessoa que entrasse em uma loja da sua marca pudesse assistir um filme personalizado, com o tipo de roupa preferido pela pessoa. Na época, ainda não era possível. Mas hoje é muito fácil. Você faz um filme com certos buracos, que são preenchidos a partir dos dados que você pega de cada pessoa. Se usa saia, por exemplo, bota lá uma saia. O Álvaro, esse parceiro nosso, tem esse tipo de habilidade. Este é um exemplo em publicidade. Mas imagine como isso pode ser aplicado.

Há equipes separadas para cada área? Como é o processo de criação?
As equipes, por enquanto, são separadas. Na hora de lançar ou de começar a produzir, nós juntamos os departamentos, dependendo do caso.

O modelo de remuneração também mudou de alguma forma?
Tem coisas que estão mudando. Foi necessário um prazo para que todo mundo se adaptasse. Os canais de TV e plataformas, por exemplo, estão mais abertos para projetos que oferecemos e que já vêm com patrocinador. Levou uns três anos para perceberem que alguém de fora que traz um patrocinador não é inimigo do cara que vende o espaço de 30 segundos. Houve algumas tentativas e agora estão começando a surgir alguns modelos. A gente formata um projeto. A partir daí, vai atrás de patrocinadores possíveis e triangula com o canal. Pode envolver uma ou várias plataformas, com coisas ao vivo, "experience", aplicativo ou realidade virtual. Agora, como tudo é muito novo, a remuneração disso ainda não têm um modelo formatado. Até por isso, às vezes, coisas que propomos não dão certo. Em "experience" também não dá para seguir muito o modelo tradicional. O Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, foi um projeto de três anos, um processo de tentativa e erro, de descobrimento. Envolveu pesquisa, uma mistura de ciência e conteúdo. Não dá para fechar um orçamento como se fosse de publicidade.

Há dez anos, qual era a principal área de receita da O2? E, hoje, qual é?
Era publicidade. Respondia por 80% ou 90%. Entretenimento, no começo, era subsidiado. Hoje, não. São duas áreas super fortes. Depois tem a pós-produção, que também cresce muito. Porque a pós, cada vez mais, é parte integrante dos filmes. Hoje, não existe um filme que não passe por pós-produção. Seja para apagar coisinhas, como um carro. Até coisas mais sofisticadas, como universos criados em 3D. Antigamente não tinha tanta coisa. Hoje, publicidade representa 54%, entretenimento 35% e pós-produção 11%. Outras Telas está em publicidade.

As novas tecnologias abriram novas possibilidades, mas também trouxeram muito mais concorrência para o setor. De que forma isso impactou a O2?
Hoje em dia qualquer pessoa pode produzir na sala de casa, no computador. Eu posso ter uma câmera no meu celular com uma qualidade bacana, editar no meu computador e teoricamente fazer um comercial ou seja o que for. De repente, tem milhões de seguidores em um blog que não tem qualidade artística nenhuma. Isso aconteceu. A competição é muito maior. Democratizou, por um lado. Por outro, antes você só tinha a TV aberta. Agora, tem também o Cabo, as plataformas digitais de internet. Tem que ser muito mais esperto para achar o público. Por isso, é preciso usar todas essas outras ferramentas. É uma mudança, mas a gente continua apostando que conteúdo de qualidade sempre vai ser necessário. Contar uma boa história, bem produzida, bem filmada. Esse espaço continua garantido.

Texto e imagem reproduzidos do site: epocanegocios.globo.com

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Luiz Eduardo Costa, agora também no Portal F5 News


Publicado originalmente no site JLPolítica, em 27 de setembro de 2018

F5News considera inclusão de Luiz Eduardo Costa em sua grade “um acréscimo precioso”

Luiz Eduardo Costa: importância expandida para um dos melhores portais de Sergipe

A partir deste mês de setembro, os leitores do Portal F5News, um dos melhores espaços de informação via web do Estado de Sergipe, conta com o texto do decano do jornalismo sergipano, Luiz Eduardo Costa.
   
Ele é um quase víbora, como se dizia da verve do agitado e polêmico jornalista Joel Silveira - aquele a quem de supetão Assis Chateaubriand mandou para a cobertura da guerra de 1942 na Itália e proferiu a fantástica frase do “Vá, mas não me morra”.

Acessado diariamente por mais de cinco mil pessoas, o F5News, que existe desde agosto de 2011 e gera cerca de 10 empregos diretos, é resultado de uma inspiração do empresário Fernando Carvalho, do Grupo Multiserv, que tem vocação para a comunicação social.

A jornalista Mônica Pinto - ex-Dantas -, editora do Portal, diz que a inserção do texto de Luiz Eduardo Costa em sua grade “foi um acréscimo precioso” ao conteúdo da empresa.

“Luiz Eduardo Costa construiu, ao longo de uma sólida e aguerrida carreira, uma fama de respeito e tenacidade, alicerçada em um texto de qualidade inquestionável”, diz ela. Veja este breve bate-papo com Mônica Pinto sobre o velho LEC.
  
Aparte - Quando Luiz Eduardo Costa estreou com sua coluna no Portal F5New?
Mônica Pinto - A estreia dele foi no dia 3 deste mês. O jornalista já tinha, há bastante tempo, um blog com seus comentários sobre os mais diversos temas. O que F5 News faz é dar mais um espaço de visibilidade para esse trabalho dele.

Aparte - Qual é o conceito que o Portal tem dele enquanto jornalista?
MP - É o melhor possível. Luiz Eduardo Costa construiu, ao longo de uma sólida e aguerrida carreira, uma fama de respeito e tenacidade, alicerçada em um texto de qualidade inquestionável. Para o Portal, foi um acréscimo precioso.

Aparte - Qual será a periodicidade do texto dele na grade do Portal?
MP - As inserções ficam a critério dele. Não há uma periodicidade fixa.

Aparte – Luiz Eduardo Costa terá preservadas as garantias do seu texto crítico e independente de sempre?
MP - Sim. O material é assinado por ele e, como em todas as produções de pessoas fora dos quadros de F5 News, há a informação de que as opiniões e análises ali expressas são de seus autores, e não do Portal.

Aparte – O F5News promoveu alguma consulta pública sobre ele e sua ação jornalística para tê-lo em sua grade?
MP - Quanto à consulta pública, não houve e nem se fez necessária diante da notoriedade do jornalista.

Aparte - Qual é a visão do Portal F5News da cobertura política que se pratica hoje nas diversas mídias de Sergipe?
MP - No aspecto geral, sem alusão à presente campanha, a cobertura política ainda se baseia bastante em releases das assessorias parlamentares e das agências do Governo e da Prefeitura. Seria interessante um investimento maior em material exclusivo - no que o JLPolítica se destaca, a propósito.

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica.com.br

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Ivan Valença começa a escrever no Alô News

11/06/2018 - Ivan Valença começa a escrever a partir desta segunda (11/06/18) no Alô News

Jornalista agora faz parte do Portal Alô News

O mais importante jornalista e comentarista político da imprensa sergipana, Ivan Valença, faz agora parte do time do Portal Alô News.

Ivan começa a partir desta segunda a escrever para o site, na Coluna Ponto de Vista, onde fará as melhores análises do ambiente político em Sergipe e no Brasil.

O Alô News dá as boas vindas à Ivan e tem a certeza de que esta parceria será de enorme sucesso e que quem mais vai ganhar com ela é o nosso leitor, sempre interessado em ter acesso a análises aprofundadas e inteligentes a respeito de temas políticos.

Redação Alô News.

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Publicado originalmente no site Alô News, em 11/06/2018

É assim que a coisa anda

Por Ivan Valença - Ponto de Vista

Antes de fazer uma apresentação minha, para que os internautas tenham ideia com quem está tratando – sou Ivan Valença, jornalista desde 1958 quando tinha apenas 14 anos de idade - , deixe-me explicar uma coisa: eu sou homem de jornal. Toda minha vida, a partir dos 14 anos de idade, eu passei numa redação de jornal, até mais ou menos um ano e meio atrás quando fui sumariamente despedido do jornal que eu mesmo criei, onde escrevia o editorial, fazia uma coluna semanal e tratava, com enorme carinho, uma página semanal sobre cinema.

Não que internet seja alguma novidade para mim. O que eu gosto na internet é a velocidade como a informação chega ao seu destino. O jornal leva praticamente 24h para se comunicar com seus leitores. A internet demora, quando muito, o tempo de escrever esse artigo e enviá-lo para os amigos da central que se encarregam de pô-lo no ar.

No jornal o ritmo burocrático para fazer um texto chegar ao leitor é mais, muito mais, complicado. Vejam só: com o assunto na memória você escreve uma ou duas laudas (o diagramador é quem determina o tamanho do escrito) e passa o texto para a revisão. Antigamente, tinha que passar o texto para a composição, antes de submetê-lo a uma revisão de texto. Uma vez composto – isto é, pronto para nova revisão – o texto seguia para a diagramação e daí para a paginação. Arrumado na página, seguia para as “oficinas”, isto é, o local onde seria montado conforme a diagramação. Neste momento acrescentavam-se os títulos e as ilustrações. Findo o que, ao lado de outras tantas páginas prontas, ia para a impressão. Quando comecei a trabalhar em jornal, imprimia-se de duas em duas páginas. Hoje, mais das vezes imprime-se o caderno completo de 16 páginas, todas de uma só vez.

A chegada da internet facilitou tudo isso. O que estou escrevendo agora vira um texto pronto, revisado e imediatamente paginado. Ou seja, reduz-se tempo na comunicação com o possível leitor. Agora é torcer para que o texto agregue muitos leitores. Só assim terei condições de dentro em breve pedir um reajuste de salário.

Texto e imagem reproduzidos do site: alonews.com.br/colunista