Clique nos ícones/links da coluna à direita, para ver + MÍDIA SERGIPANA.

sábado, 2 de maio de 2020

TB Entrevista Juliana Almeida e Kátia Santana

 Kária Santana

Juliana Almeira

Publicado originalmente no site do JORNAL DA CIDADE, em 27 de abril de 2020

TB Entrevista Juliana Almeida e Kátia Santana

Com a necessidade do isolamento social, muitos profissionais têm usado as mídias “on-line” para trabalhar e se reinventar

Por Thaís Bezerra

Com a necessidade do isolamento social, muitos profissionais têm usado as mídias “on-line” para trabalhar e se reinventar. As “lives” (transmissões ao vivo) por exemplo, ganharam enorme espaço neste cenário e, através delas, aprende-se, ensina-se, diverte- -se, gera-se conteúdo, capacita-se, informa-se. Sensível e estratégica, a jornalista Katia Santana tem usado o formato para tratar com profissionais a respeito de diversos temas. A primeira ação teve a participação da professora-doutora e jornalista Juliana Almeida. Lindas e competentes, elas esclarecemsobre a nova dinâmica de informar, que tende a se alargar, ainda mais. Acompanhe!

THAIS BEZERRA – Que critérios você utilizou para identificar a data, formato e participantes das Lives?

KATIA SANTANA – Tínhamos Planejado uma aula presencial sobre a rotina do assessor de imprensa e a inclusão de novas mídias no processo de comunicação, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas e a 7Set Comunicação. Foi quando começaram os números de casos de corona vírus edecidimos adequá-la, transmitir o evento on-line. E ficou ainda melhor - praticamos com o público. Contamos coma jornalista e professora-doutora em Sociologia, Juliana Almeida, que abordou o jornalismo multiplataforma em tempos de pandemia e no segundo momento, painel sobreo papel da imprensa no processo de construção social, com a jornalista Fabiana Teixeira, especialista em Comunicação Empresarial e Media Training e apresentadora da Rede TV. Foram dois shows de atualização e troca de experiências.

TB – As lives têm sido ferramenta para interagir e comunicar na quarentena. Quem tem as regras deste formato?

KATIA SANTANA - Ferramentas tecnológicas têm sido decisivas no processo de reinvenção profissional. Para nós jornalistas, o home office foi sempre uma realidade.Estamos expostos, corremos toda a sorte de risco. Neste cenário, as regras, em tese, são nossas – trazemos ainformação real. A priori, continuamos com as cartas em nossas mãos. Ética e intenções legítimas nos respaldam.

JULIANA ALMEIDA - Vivemos um desafio. De repente temos de lidar com o isolamento social, mas a sociedade precisa da informação. Todo mundo a
produz, mas só o jornalista sabe reproduzi-la – o mais, é fofoca. O bom é que o ambiente virtual é desterritorializado, portanto, não temos barreiras
espaciais para acessar entrevistados para as diversas pautas. Se já não imaginávamos a nossa vida sem a conexão com a internet, agora ela se torna essencial para nos manter ‘próximos’ e informados.

TB - Que tipo de carência ou de estigma o jornalista atravessa atualmente?

KATIA SANTANA – A nossa carreira sofreu grande impactonos últimos anos, potencializado pelo fechamento de grandes veículos ou redução de quadros para minimizar as despesas. De maneira assustadora, a nova realidade tem dado voz a setores que não desejam uma sociedade bem informada e defendem a democracia caolha, aquela que não se importa com a preservação de direitos e garantias da coletividade. É fato que há intromissão - tentativas de deturpar, fabricar fatos e  confundir a opinião públicatentam se parecer com a imprensa, imitam o nosso cumprimento do dever. Mesmo com vida curta, fake news podem ser desastrosas e as pessoas ainda as multiplicam sem refletir.

JULIANA ALMEIDA - É direito social do cidadão ser bem informado sobre o que acontece ao seu redor. Como em qualquer outra profissão, temos os desvios éticos. Isso é uma triste realidade porque há políticas de comunicação e linhas editoriais que apadrinham determinadas ideologias e favorecimentos econômicos. O jornalismo cumpre função social fundamental nas sociedades democráticas e não podemos relativizar esta importância. O grande questionamento hoje diz respeito ao trabalho multiplataforma, como as empresas e os profissionais estão se adequando
às novas tecnologias e os impactos na audiência. É tempo de se reinventar, não se faz mais jornalismo como há uma década.

Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário