Publicado originalmente no site Dr. Conteúdo, em 24 de março de 2011.
Mídias tradicionais perdem campo para as mídias sociais.
Veja por quê.
A força e o dinamismo da internet têm levado grandes
veículos da mídia tradicional a acabarem com suas operações ou repensar e
refazer suas estratégias de manutenção e crescimento.
Por Newton Alexandria (em gerir).
As pessoas estão cada vez mais absorvidas em múltiplas
atividades do dia a dia. Os dias e as horas continuam com a mesma duração, mas
as ocupações se estenderam. Assim, pessoas que com mais frequência liam jornais
e revistas, ouviam rádio e assistiam à TV agora passam a buscar
predominantemente a internet para informar-se, entreter-se e tudo mais, de
forma objetiva e dinâmica.
Com audiências cada vez menores (aqui e aqui), as mídias
tradicionais, especialmente a TV e os jornais, perdem cada vez mais anunciantes,
que veem que os retornos sobre investimentos (ROI) em divulgação e propaganda
são cada vez menores por esses canais.
A TV tem cada vez maior oferta e concorrência entre as
emissoras, que parecem oferecer conteúdos sempre seguindo o mesmo padrão, com
segmentação praticamente nula, enquanto a internet é um canal extremamente
diversificado e com conteúdos à disposição e à escolha farta por apenas um
clique. Sem contar que parte considerável das gerações X, Y e Z já assiste à TV
pela própria internet, pelo celular.
Na última década, grandes conglomerados de mídia impressa no
mundo inteiro viram a circulação de seus jornais e revistas despencar de forma
assustadora. Um número cada vez menor de pessoas lê jornais impressos, hábito
predominante nas nascidas entre 1960 e 1980. O que simboliza que as novas
gerações – especialmente a Z e a esmagadora maioria da Y – estão cada vez menos
interessadas nesse tipo de formato de informação e entretenimento.
O mundo online desbancando as velhas mídias
É nesse novo (?) cenário que as mídias sociais (ou novas
mídias) vêm com força total. Aliás, elas são a chave para a comunicação daqui
para a frente. Seja em conjunto com as mídias tradicionais ou isoladamente,
elas são decisivas para a maior aproximação de consumidores e marcas de todos
os segmentos e matizes. As próprias mídias tradicionais já se apoiam nas novas
mídias para segurar a audiência.
Mensagens instantâneas, fartura de vídeos, milhões de
atualizações em blogs, mobilidade, barateamento da banda larga e facilidade no
acesso e compartilhamento dos mais variados aspectos pessoais e profissionais
só aumentam a participação na internet e puxam cada vez mais as mídias
tradicionais para baixo. E o Brasil está nas primeiras colocações em acesso e
consumo na internet. Veja em “Grandes números do Brasil nas mídias sociais –
mobile e velho marketing”.
O que assistiremos, no Brasil e em outros mercados
emergentes, será a forte migração da publicidade, principalmente da TV, para a
internet, com a aplicação muito mais segmentada de públicos e interesses, como
já acontece nos Estados Unidos e na Inglaterra.
Conteúdo é o mantra
Nessa forma de comunicação do presente e do futuro, entra um
elemento-chave: o conteúdo. Em palestras, workshops, seminários, fóruns e
demais eventos relacionados à comunicação, internet, tecnologia e negócios,
todos, em uníssono, abordam a importância do conteúdo para a conquista e
fidelização da audiência, da clientela.
Porém, não dá para repetir os velhos hábitos das mídias
tradicionais; são necessárias a produção e oferta de conteúdo digital novo,
original, específico, de forma que a audiência sinta que o conteúdo foi pensado
e produzido com foco nela, que atendam aos interesses dela, que crie
aproximação.
Adapte-se ou morra
As mídias tradicionais não morrerão, mas é certo que
dividirão entre si a menor fatia do público, enquanto crescerá a escolha pelas
mídias sociais atuais e por outras que ainda estão por vir.
A mensagem a deixar é que, num caminho que parece
irreversível, as mídias tradicionais a cada dia chamam menos a atenção das
pessoas, em detrimento da internet, onde buscam comunicar-se, informar-se,
compartilhar, divertir-se, consumir, trocar, dividir, e sua empresa precisa
aderir a esse universo, com estratégias bem pensadas e boas práticas.
Você tem duas escolhas: ver a internet como uma grande vilã
ou aliar-se a ela.
Agora, um admirável mundo novo surge a cada dia. Esteja
atento!
Texto e imagem reproduzidos do site: drconteudo.com.br
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