Imagem reproduzida do blogdocarlossantos.com.br
Postada por Laboratório Midiático, para ilustrar o presente artigo.
Publicado originalmente no site Orm News , em 30 de novembro de 2016.
Com mudanças, jornal impresso se adapta à era digital.
Pesquisa mostra que o veículo ainda é o meio de informação
mais confiável
Por: O Liberal
O jornalismo impresso
nas últimas décadas, no Brasil e no mundo, teve que aprender a conviver com o
meio digital. Com o crescimento das plataformas digitais, o meio impresso
passou a enfrentar o desafio de manter uma posição, já que as pessoas passaram
a ter um leque de possibilidades na constante busca de informação. As mudanças
nos hábitos desse tipo de consumo na sociedade geraram uma série de dúvidas
sobre a manutenção e o futuro da mídia impressa.
Ronald Junqueiro foi editor-chefe de O LIBERAL durante seis
anos (de 1988 a 1993). Com propriedade, diz que, assim como os grandes jornais,
O LIBERAL acompanhou de perto transformações fundamentais para se manter no
mercado, pois virou produto em escala industrial e, portanto, competitivo. “O
jornal foi minha escola profissional, assim como a de gerações que vieram antes
e depois de mim. Hoje, quase uma década e meia longe de uma redação de
impresso, observo que os desafios continuam e que mudança é a palavra de ordem
no universo do jornalismo, aberto a novas tecnologias e especializações”,
disse.
Junqueiro relembra o projeto de modernização de Romulo
Maiorana, com a passagem do offset para a computação. “Na década de 80, o
jornalista analógico teve que abandonar a velha máquina de escrever para
sentar-se à frente do computador, encarado como novidade da sedutora tecnologia
de ponta, mas sem que essa geração percebesse de imediato a dimensão do jornal,
que saía de um processo primordialmente artesanal para atender às exigências de
uma era industrial que, por sua vez, foi forçada a se modernizar. E com essa
modernidade chegaram a cor e as novas máquinas. Assim como vieram novos métodos
e nova dinâmica do fazer jornalístico. Essa passagem do analógico na redação do
jornal foi sentida por poucos, mas a tal revolução tecnológica foi possível
também pela disposição da moçada que começou a trabalhar e que acompanhou o
espírito de pioneirismo e empreendedor de Romulo Maiorana”.
Adaptação.
Mestre em Ciência da Comunicação, Cultura e Amazônia pela
Universidade Federal do Pará (UFPA), Arcângela Sena comenta que, para o
impresso, o desafio do século XXI é justamente se adaptar às novas tecnologias,
que dão uma velocidade do agora às informações. “Entender essa prática e saber
lidar com o fato do que o povo deseja de um veículo que divulga com um dia a
mais a notícia, ou seja, daquilo que não foi dado de maneira tão veloz.
Acredito ser essa a chave do sucesso e da permanência desse canal”, afirma.
A adaptação da mídia impressa é outro importante ponto
levantado por Arcângela no que diz respeito ao futuro. Ela cita alguns
exemplos. “O rádio se adaptou e ainda hoje continua se adaptando. Vivemos uma
sociedade informacional. Nada é estático e o modo de fazer jornal impresso
precisa entender isso. O profissional de impresso deve reaprender a aprender e
sempre buscar mais conteúdo e conhecimento, porque informação atrai,
principalmente se bem pesquisada e apurada”, conta.
Junqueiro reforça essa ideia. “Os jornais precisam sempre se
reinventar, não apenas na adoção das novas tecnologias, mas quanto à
credibilidade que sempre exigiu tratamento prioritário à informação de
qualidade dada ao leitor, do factual ao editorial. Assim deve ser a pauta das
empresas que produzem as mídias tradicionais e suas linhas editoriais. A
síntese é feita pelo bom jornalismo e pelo bom jornalista”, finaliza.
Texto reproduzido do site: ormnews.com.br
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