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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Mídia Impressa X Mídia Digital


O lugar da notícia não é mais no jornal impresso, mas sim na web

Data 14 de fevereiro/2013.
Autor Giácomo Degani
Jornalismo Digital

“As notícias não devem mais estar nos jornais, mas sim na internet”, foi o que disse Lionel Barber, editor de publicação do Financial Times. O jornal inglês está iniciando um plano de “revolução digital”, que irá levá-lo a realizar transformações constantes no seu modelo de negócios. Segundo o editor do Financial Times, a função dos jornais impressos está se modificando  ao longo dos últimos anos. Não há mais sentido em estampar nas capas dos jornais impressos as notícias do cotidiano, as últimas notícias, as “quentes”. Estas já foram vistas pelas pessoas, há muito tempo, na internet.

O caminho – e não há ineditismo na fala do jornalista do FN – é a elaboração de reportagens com profundidade, que expandam a superficialidade do que é colocado na internet, com muita análise e comentários que enriquecem as matérias. “A web é muito mais o primeiro rascunho da história, embora deva seguir obviamente as regras do bom jornalismo, bem fundamentado, com fontes e confiável. Claramente, a notícia no jornal impresso demandará mais esforço para se tornar mais reflexiva e relevante”, disse Lionel.

Em um dos seus comentários mais interessantes, o jornalista do Financial Times afirma que em razão das constantes transformações que acontecem na web, os grupos de comunicação deverão assumir uma postura de mudança contínua, acompanhando as tendências e novidades do mundo. Cool hunting?

Não há mais necessidade também de haverem jornalistas trabalhando em horários “anti-sociais” para alimentarem os jornais impressos do dia seguinte. A notícia estará na internet. O FN demitirá 35 jornalistas do impresso para contratar 10 que trabalharão com internet.

O mundo do jornalismo continua em ebulição. No dia 31 de dezembro de 2012, a Newsweek, uma das revistas semanais de maior destaque internacional, publicou a sua última edição impressa. De 2012 para frente, ela existirá apenas digitalmente, tal qual a Enciclopédia Britância, lembra?

A “revolução digital” seguirá acontecendo em todo o mundo e impactando os grupos de comunicação. Como Lionel, acredito que a capacidade de se reinventar seja talvez o atributo mais importante para os jornais. Não adianta ficar estagnado. O consumo de informação mudou, portanto, caros jornais, mudem também. Deem chance ao digital, ou ele não dará mais chances para vocês.

Foto e texto reproduzidos do site: blogmidia8.com

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