O lugar da notícia não é mais no jornal impresso, mas sim na
web
Data 14 de fevereiro/2013.
Autor Giácomo Degani
Jornalismo Digital
“As notícias não devem mais estar nos jornais, mas sim na
internet”, foi o que disse Lionel Barber, editor de publicação do Financial
Times. O jornal inglês está iniciando um plano de “revolução digital”, que irá
levá-lo a realizar transformações constantes no seu modelo de negócios. Segundo
o editor do Financial Times, a função dos jornais impressos está se
modificando ao longo dos últimos anos.
Não há mais sentido em estampar nas capas dos jornais impressos as notícias do
cotidiano, as últimas notícias, as “quentes”. Estas já foram vistas pelas
pessoas, há muito tempo, na internet.
O caminho – e não há ineditismo na fala do jornalista do FN
– é a elaboração de reportagens com profundidade, que expandam a
superficialidade do que é colocado na internet, com muita análise e comentários
que enriquecem as matérias. “A web é muito mais o primeiro rascunho da
história, embora deva seguir obviamente as regras do bom jornalismo, bem
fundamentado, com fontes e confiável. Claramente, a notícia no jornal impresso
demandará mais esforço para se tornar mais reflexiva e relevante”, disse
Lionel.
Em um dos seus comentários mais interessantes, o jornalista
do Financial Times afirma que em razão das constantes transformações que
acontecem na web, os grupos de comunicação deverão assumir uma postura de
mudança contínua, acompanhando as tendências e novidades do mundo. Cool
hunting?
Não há mais necessidade também de haverem jornalistas
trabalhando em horários “anti-sociais” para alimentarem os jornais impressos do
dia seguinte. A notícia estará na internet. O FN demitirá 35 jornalistas do
impresso para contratar 10 que trabalharão com internet.
O mundo do jornalismo continua em ebulição. No dia 31 de
dezembro de 2012, a Newsweek, uma das revistas semanais de maior destaque
internacional, publicou a sua última edição impressa. De 2012 para frente, ela
existirá apenas digitalmente, tal qual a Enciclopédia Britância, lembra?
A “revolução digital” seguirá acontecendo em todo o mundo e
impactando os grupos de comunicação. Como Lionel, acredito que a capacidade de
se reinventar seja talvez o atributo mais importante para os jornais. Não
adianta ficar estagnado. O consumo de informação mudou, portanto, caros
jornais, mudem também. Deem chance ao digital, ou ele não dará mais chances
para vocês.
Foto e texto reproduzidos do site: blogmidia8.com
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